Não limite seus sonhos: Convivendo com a Espondilite, me formei engenheira. A história é de Eulina que tem Espondilite Anquilosante e Fibromialgia. “Sentia dores desde os 11 anos e com 21 fechou o diagnóstico, em 2014“.
A história que será transcrita aqui é mais uma das incríveis que sabemos que existem e que muitas vezes as pessoas ficam com receio de contar, por motivos diversos.
A história da Eulina foi publicada pelo meu amigo Samuel do blog Espondilite Brasil e eu transcrevo no meu blog por considerar de grande motivação e incentivo.
Não limite seus sonhos: Convivendo com a Espondilite, me formei engenheira
Vamos abrir aspas para transcrever o relato na íntegra, conforme escrito pela Eulina.
“Oi, me chamo Eulina, tenho EA e fibromialgia. Comecei a sentir dores aos 11 anos e com 21 fechei o diagnóstico (2014). Venho contar no dia 02 de junho de 2020, através de videoconferência me tornei Bacharel em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Pernambuco-Campus Agreste.
Entrei na universidade em dezembro de 2012 e em agosto de 2014 fechei o diagnóstico para EA, levei 7 anos para concluir o curso, cheguei a pagar 3 cadeiras e reprovar 2 devido às dificuldades que a doença me fez passar.
Eu não sabia conviver com ela, então forçava ao máximo, achava que bater de frente com ela era a solução, chorava estudando, rodava na cama procurando posição para estudar, ficava noites em claro estudando, no outro dia ia fazer prova, quando saia das provas ia direto para o hospital, tinham provas muito longas, muitas horas sentada.
Tomava 12 comprimidos por dia, 2 biológicos, 3 internamentos e 1 rizotomia. Fiquei 4 vezes em acompanhamento especial, pois não conseguia andar para ir assistir aula, usei muletas por 2 meses.
“A EA acaba com a gente, tenta tirar nossos sonhos, nossa vontade de vencer, mas nunca deixem ela ser maior que a sua força de vontade para vencer.”
Eulina
A minha universidade ficava cerca de 130 KM da minha cidade, ficava longe da minha família, então meus amigos que faziam o meu socorro e cuidavam de mim. 4 anos atrás conheci meu namorado, no meu internamento ele ficava comigo no hospital, na hora da aula dele, um dos meus amigos iam ficar comigo para ele poder ir para aula, ele chegou a perder provas para ficar comigo, até que conseguimos me transferir para um hospital na minha cidade e eu pude ficar perto da minha família.
Foram 7 anos de muito sacrifício, de muitas dores, de muito choro sozinha, de muito sorriso no rosto, mas me acabando de dor, de preconceito, de gente falando que eu não podia ser engenheira, mas eu nunca tranquei a faculdade e eu nunca desisti.
Hoje estou com 2 anos de remissão, com acompanhamento de neurologista e reumatologista, sinto dores apenas quando tenho sentimentos fortes ou faço alguma trela. A remissão me ajudou muito, mas o estresse da universidade ainda me fazia sentir dores da Fibromialgia.
A EA acaba com a gente, tenta tirar nossos sonhos, nossa vontade de vencer, mas nunca deixem ela ser maior que a sua força de vontade para vencer.
Eu sempre repetia nos momentos de dor: “Eu sou mais forte do que eu posso imaginar“. Ela tentou, mas não tirou meu sonho e hoje eu posso gritar para o mundo “EU SOU UMA ENGENHEIRA CIVIL“.”
Ao fechar as aspas para esse depoimento tão forte e motivador, só posso dizer que me sinto emocionado e muito feliz por poder reproduzir aqui no blog essa história de superação.
Obrigado Eulina por nos presentear com sua história incrível. E Samuel Oliveira, obrigado por sempre conseguir nos trazer presentes como esse.
E você, meu amigo leitor, quer ter sua história contada em nosso blogo? Envie o texto e uma foto para o e-mail euenfrentoaespondilite@gmail.com
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Eu fiquei com um trabalho de casa… Descobrir o que significa “Fazer alguma trela“